quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Minhas lágrimas secam, sua ressaca passa .

Na mão um copo cheio, no peito um coração vazio.
É isso que penso de ti. É nisso que quero acreditar.
Você ingere álcool, eu bebo lágrimas.
O que nos uniam se desfez assim como a sua embriaguez virou ressaca.
Os opostos sempre se separam.
Deixo a solidão ocupar o seu lugar.Hoje você é um personagem que eu inventei, criei, e emoldurei, colocando assim na minha coleção de fracassos amorosos.
Disfarço com ódio o amor.
Essa é minha maneira de me defender. Não de você, e sim do que sinto.
Me recuso a curar esse amor, com outro amor.
Prefiro partir pra ignorância, prefiro ser chamada de louca, do que tentar te esquecer amando outra pessoa.
Como se fosse possível. Nada do que tento é possível. Nem mesmo te odiar.
Finjo não querer saber da sua vida. Quando te vejo, viro a esquina, mudo de caminho.
Alguém fala o seu nome, faço pouco causo.
Curvo as sobrancelhas, te insulto sem precisar proferir uma palavra.
Tem dias que quero que você morra, tem dias que morro por você.
No silêncio do meu quarto, eu morro.
Enquanto você deve estar por aí num boteco qualquer bebendo com os amigos.
É aí que eu quero que você morra.
Tento te expulsar de mim, como quem expulsa um demônio.
Mas esqueço que demônios não existem. Mais uma tentativa frustrada. Você ainda continua aqui.
Mesmo eu não querendo, é uma parte de mim. Parte que faço de tudo pra ignorar, mas que grita dentro de mim. Me corrói, me destrói, vence meu orgulho besta e me foge um sorriso ao te ver.
Mas continuo assim... fingindo não sentir, fingindo não estar nem aí, fingindo não te ver enquanto você se embriaga.