terça-feira, 19 de julho de 2011

Aquele que eu chamo de Amor

Princesinha, vamos pedir uma cerveja ?
- Sim amor, pode ser...


Numa lanchonete qualquer, cerveja e uma porção de batata frita.Eu perdida em pensamentos,e ele do mesmo jeito de sempre.Adorável.
Tirei aquela noite para contemplar o meu amor.
Enquanto ele me contava alguma novidade,eu o observava atenciosamente e ao mesmo tempo não escutava nada que ele estava falando.Reparei na sua barba mal feita.Como odeio barba.Mas como eu amo esse menino que não faz a barba.Não me deu aliança, flores, nem um ovo de páscoa em formato de coração.Como foi  mesmo que esse cara me conquistou?
Ele me conquistou tão por acaso, que até parecia que eu estava vulnerável.E de certo estava, a solidão nos deixa imerso ás ilusões e também a grandes paixões.Sim, eu estava à sua espera.
Ainda lembro do nosso primeiro beijo , aquele que pensei que não iria acontecer .Foi perfeito, entre outros clichês que qualquer apaixonada diria ao descrever um beijo.De uma forma particular,digo que nosso beijo foi vermelho.
E o amor, quando isso se tornou amor ?
Não me lembro ao certo, só sei que quando me dei conta, ele estava aqui ,eu estava amando.Poderia dizer que percebi que era amor, quando chorei.Porque o amor tem mesmo dessas coisas,também faz chorar.Mas sou tão piegas que chorar não é nada.Posso chorar agora se quiser, são só lagrimas.
Na primeira briga,terminamos o que mal havíamos começado.
- Você está muito chata ! 
- E você um babaca ! 
Então o cravo saiu ferido e a rosa despedaçada...
Ele tentou uma amizade. E eu como sempre tola e orgulhosa preferi sentir raiva.O insultei,falei mal dele pelos cantos.Aluguei ouvidos de amigos pra desabafar.Bebi e vomitei seu nome pelos botecos da cidade.E no fim me afogava em lágrimas sozinha em meu quarto.E ele como se possuísse poder telepático, me ligava todas as noites querendo saber como eu estava.E eu mentia estar ótima enquanto disfarçava o choro ficando furiosa " qual é a desse babaca ? " .Numa noite pedi pra que não me ligasse mais.Tentei uma fuga .Vesti meu orgulho, subi no salto e o ignorei.Segui em frente mesmo tropeçando nas lembranças boas que o ex-amor deixou.Não demorou muito ele me procurou, de cabeça baixa, ensaiando as palavras.Sentiu saudades.Me pediu um abraço, um beijo, me pediu pra voltar.E eu mandei minha raiva embora, e voltei  para aqueles braços donos dos melhores abraços.E claro que depois houve outras brigas, mas nada considerável grave.Afinal  a gente se ama.Qualquer coisa é só colocar a culpa no amor que sentimos um pelo outro.Que tudo se resolve, a gente acaba perdoando.
Hoje estamos felizes.Ele me chama de princesa e ainda me concede beijos vermelhos.Tolera (ou pelo menos,tenta!) meus ataques de ciumes, minhas paranoias, minha tpm.Continua me ligando todas as madrugadas e repete várias vezes que me ama.E agora eu não o chamo mais de babaca, e tento ao máximo controlar meu instinto á ser neurótica e chata.E se tem algo que eu me pergunto é 'Como é possível amar tanto assim um homem ?"
O amor é engraçado, o amor é irônico, o amor é um sacana.
As vezes falamos do amor, como se ele fosse uma pessoa.Pois ele é.
Não é por acaso que a palavra  " Amor "  está no masculino.O Amor é menino.E eu tenho o meu.
Pra mim, o amor tem a barba mal feita,os cabelos cacheados, e um jeito de sorrir que me encanta.
Amor é o codinome, que dei para aquele menino que me faz feliz.

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