quarta-feira, 13 de julho de 2011

Como é que se diz Adeus?

Ando me sentindo sozinha. E estou aprendendo a gostar disso.
Me acostumei com a tua ausência. Descobri que ela não é tão ruim assim. 
Não fico mais ansiosa esperando o telefone tocar. Ouvir sua voz, virou banalidade.
Já não me interessa saber como foi o seu dia, ou o que vai fazer no domingo.
Nem fico me perguntando onde estará agora, enquanto escrevo displicentemente sobre você. Suponho que deve estar por aí com seus amigos. Aqueles hipócritas que me odeiam. Os meus inimigos, seus amigos. E entre um gole e outro de álcool, pode ser que cite o meu nome. E um dos babacas que te acompanham de forma irônica perguntará como estou, como estamos. Sem pensar você responderá que estou bem, que estamos bem. Sem entrar em detalhes. Sem perceber que contou uma mentira. Mentiu não só pra eles, mas também pra si mesmo. Nada entre nós está bem, e você está bebado demais para perceber. Estamos adiando o fim dessa relação falida. Estamos caminhando lentamente, rumo ao fim. E nesse caminho não estamos de mãos dadas.
Uma coisa não entendo. O que te faz me telefonar? Você perde o seu tempo me fazendo uma breve ligação todos os dias. Me ligar todos os dias, esse foi o prometido. As vezes liga quando já estou dormindo. Um dia ainda a de esquecer. E pode ser que eu nem perceba.
Não existe mais saudade, eu não sinto sua falta e você não faz questão de estar presente.
Acho que esquecemos, como é mesmo que se diz adeus?
O certo seria nos despedirmos de uma vez. Mas já não sei se pra isso acontecer o que falta é oportunidade ou coragem. Ou ambas.
Antes de qualquer atitude bem pensada ou não. Quero te olhar nos olhos. Foi assim que tudo começou. Olhando nos olhos. É assim que deve terminar. 
Será que ainda existe amor por de trás dos seus olhos, quando me olhas ?
Seus lábios realmente querem beijar os meus, ou isso virou apenas um cumprimento? O que sentes quando me abraça?
Não posso negar, que ainda resta em mim uma tola esperança. Quem sabe nem tudo está perdido. Se até as pessoas que estão inkoma, possuem chances de um dia acordar. O nosso amor também terá. Mais uma chance. Entre tantas que já demos, nessa procrastinação que vivemos. O fim vamos deixar pra mais tarde. Outro dia. Um dia que teremos oportunidade e coragem. Agora está tarde, irei dormir. Prometo acordar quando o telefone tocar. E quando me perguntar se estou bem, com a voz sonolenta irei mentir que sim, estou bem. Boa noite.

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